Há pessoas meio ecléticas - pelo menos, olho para elas assim - que dizem pensar noutra língua, como o inglês ou o francês. Eu não tenho esse "toque de requinte". Assim muito de vez em quando lá aparece uma outra frase pensada em inglês, mas é mesmo só um acaso. Geralmente, uma consequência de situação em que esteja mais exposta ao idioma.
A minha segunda língua oficial do pensamento, vem do outro lado do atlântico e tem sotaque de açúcar. Sim, muitas vezes, dou por mim a pensar em português do Brasil. Tenho pensamentos cantados em gerúndio, naquele doce sotaque carioca do país irmão.
Tem vezes, até, em que o pensar me escapa pela boca e dou por mim a falar com sotaque, também. Não é uma sátira e tampouco uma tentativa de ser outra pessoa. Porque eu sou mesmo assim. Aliás, eu nasci assim, eu cresci assim, eu fui sempre assim... só não sou Gabriela. Mas, gosto muito da novela.