NOTEBOOK | VERÃO, PROCURA-SE

Julho vai a meio. Há sol e céu azul e os meios de comunicação anunciam vagas de calor um pouco por todo o lado. Mas não sei onde anda o verão. Tudo por um pormenor importante. Moro no Oeste. Podemos ter sol e céu azul, mas também temos vento. Muito!

Fui um dia à praia. Uma tarde, vá. Numa dessas exceções em que o clima está ameno e o calor faz-se sentir. Fora isso, o vento sopra sem parar.

Apetecia-me dias de calor. Vestir uns calções e uma t-shirt e calçar uns chinelos de pé. Sair sem um casaco atrás. Andar sem ser empurrada pelo vento frio. Apetecia-me verão.

Mais. Preciso de verão. Preciso de calor. Preciso dos dias que aquecem o corpo e a alma. Daqueles que me guiam os passos até à beira-mar e me fazem lá ficar até o sol se despedir. Dias que me fazem sorrir. Quero uma noite amena, que dê vontade de sair e fazer uma caminhada pela vizinhança. Daquelas com longas conversas e gargalhadas à mistura.

Não peço nada de mais. Nada de muito elaborado. Sou pelas coisas simples. Pelos momentos tranquilos e aconchegantes. E é só isso que me apetece.

Vivo no Oeste desde sempre. Talvez já devesse estar habituada. Mas este ano está a ser mais atípico. Sinto-me dentro de um tornado regional.

Enfim. Pelo menos tenho o sol e o céu azul. Sempre dá cor, já que falta o calor.