Tenho visto e ouvido, um pouco por todo o lado, que este ano é um ano para esquecer. Não concordo! Sim, foi um ano com demasiados acontecimentos maus. Tristes. Revoltantes. Mas, pura e simplesmente, não posso - nem quero - esquecer um ano que, também, me deu bons momentos. Por isso, sim, EU QUERO RECORDAR 2020.
Este ano foi composto por opostos. Se por um lado parece que passou num sopro, por outro os dois primeiros meses de 2020 parecem ter acontecido há uma vida. Se por um lado me fechou em casa, por um outro abriu algumas portas. Se por um lado me afastou de algumas pessoas (em especial fisicamente), por outro aproximou-me de outras (em especial por via online). E se por um lado houve acontecimentos em que pensei Meu deus, que mundo doido é este? O que nós fizemos de mal para merecer isto tudo?!, por outro houve momentos pelos quais sou eternamente grata e que enchem o coração só de lembrar.
DOIS MESES DE NORMALIDADE FELIZ
O início de 2020 foi super tranquilo. O mundo já estava meio louco. Quase começou a terceira guerra mundial e o Corona já andava pela China. Mas, a minha vida estava calma como um rio. Há anos que não sabia o que era começar um ano sossegada, porque os últimos estava na faculdade. Ou seja, janeiro era sinónimo de frequências e trabalhos de final de semestre.
Este janeiro estava em casa, já com um trabalho quase garantido. Só estava à espera da confirmação do centro de emprego para começar. Como comecei só no final do mês, tive um início de ano em casa, super tranquila e em paz. Foi ali um hibrido entre férias de inverno e hibernação.
Ao mesmo tempo, janeiro também foi animado. Foi o pré Revenge Of The 90's Torres Vedras e, como fui embaixadora do evento na cidade, a promoção e venda de bilhetes deram um toque de agitação ao meu mês.
Adeus janeiro, olá fevereiro. MÊS MAIS LINDO. Fevereiro podia ser dos piores meses do ano por causa do frio. Mas, é mês de Carnaval (e também tem sido de Revenge), então é dos meu meses favoritos. A propósito, sobrevivi a 2020 com o pensamento Covid é uma treta mas, pelo menos, só chegou em março.
Fevereiro foi super agitado. Foi o mês mais pequeno e aquele que teve mais coisas a acontecer. Para começar, foram as primeiras semanas de trabalho. Por norma já são atribuladas e eu tive a pontaria de começar numa fase em que estava a acontecer muita coisa. Felizmente já conhecia o sítio e as pessoas, o que tornou tudo mais fácil.
Depois as festas, como já falei antes. Sábado, 8 de fevereiro, visto a minha roupa inspirada nos anos 90 e entro na viagem da minha vida pela melhor década de sempre. Está tudo aqui. Menos de duas semanas depois, sexta-feira 21, estou eu vestida cão a assistir à chegada dos Reis do Carnaval de Torres Vedras. Ali no auge da felicidade, mesmo com o frio de rachar, porque estava a começar a melhor semana do ano para (quase) todos os torrienses.
Sim, somos loucos. Passamos um ano a pensar naquela semana onde nos mascaramos e saímos à rua com temperaturas baixas e alguma chuva, a cantar, dançar e abraçar desconhecidos a noite toda, em ruas e/ou praças tão cheias que parecemos sardinhas em lata. Podes comprovar esta loucura-paixão no texto Dicionário Carnaval de Torres Vedras.
Para o ano não há nada disto. 2021 é o ano pelo qual todos esperam e, nos últimos dias, só tenho pensado que é o ano em que não temos Carnaval. É que por esta altura já só queria fevereiro e agora não há nada pelo que esperar. Enfim, nostalgia à parte, o importante é que só ficamos confinados em março e pude viver o meu fevereiro da melhor maneira. Fevereiro teve as últimas festas (ao vivo) sem saber que seriam despedidas e foram fantásticas.
Há muita coisa de 2020 que é para ficar fechado no fundo do baú da nossa memória. Mas, por outro lado, é bom perceber que houve apontamentos a quebrar o caos que se viveu!
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