Minha Praia
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28/10/2020

minha praia | Hábitos que ficaram do confinamento


Quase oito meses depois do confinamento, sentada do meu quarto, com o computador no colo, uma sweat larga e velha, cabelo despenteado e olhar fixo na janela e dou por mim a pensar nos hábitos que ficaram dos três meses que estivemos a cumprir a quarentena. 

Apaguei e reescrevi várias vezes as últimas palavras. Isolados, fechados em casa, cumprir o isolamento... foram das opções que me passaram pela cabeça para terminar o primeiro parágrafo. Acabou por ficar "cumprir a quarentena". Mas, independentemente da escolha percebi que qualquer expressão ficava sempre a soar a algo pesado. Meio obscuro e que remete para os calabouços de uma prisão. 

Enfim, o confinamento foi uma espécie de pena coletiva. Teve os seus momentos difíceis? Sim, muitos! Deixou marcas que ainda se sentem e vão continuar a sentir? Oh se deixou. Mas nem tudo foi mau. Aquele grupo de WhatsApp com pessoas que só poderiam ter-se juntado nesta realidade e que me anima todos os dias é a prova disso. Essa história fica para outra altura. Hoje quero falar de alguns hábitos ganhos na quarentena. Daqueles bons e capazes de deixar a alma mais animada e o coração despreocupado. 

10/10/2020

minha praia | A saúde mental importa


Há muitas coisas que me dão ansiedade. Coisas grandes, coisas pequenas. Fatores externos, macaquinhos no meu sótão. Eventos esporádicos, rotinas diárias. Lugares, sons, gestos, pessoas. Más recordações do passado, sufocos do presente, incertezas do futuro. O que não consigo controlar.

Tenho uma lembrança vaga da altura em que me foi diagnosticada ansiedade. Os ataques de pânico, a dor física, as idades ao hospital, os medicamentos, as idas à psicóloga e à psiquiatra. É uma altura meio enevoada da qual ficaram apenas alguns flashes e a certeza de não querer voltar a um poço tão fundo.

ANSIEDADE. Só a palavra causa dor. Ansiedade não é frescura, é doença. Saúde mental - ou a falta dela - não deve ser negligenciada, deve ser cuidada. A saúde mental importa.

Uma queimadura ou um braço partido veem-se bem. As doenças do foro psicológico não. Podem, até, ser facilmente encobertas com um sorriso. É tão fácil esconder. É tão fácil fingir. Para os outros e para ti. É tão simples ignorar. Só por não ser físico. Ou será que é físico? 

21/09/2020

minha praia | 3 Frases que ouves quando estudas Comunicação


As aulas estão a começar e, pelo segundo ano consecutivo, não vou voltar a estudar. Setembro sem aulas já não é novidade, visto que entre o fim do secundário e o início da licenciatura fiz cinco anos de pausa. Mas setembro é sempre a altura em que dou por mim a recordar a escola, os cursos, os professores, os colegas. Tudo. 

Hoje, falo-te da minha licenciatura. Recordo-me dos primeiros dias de aulas como um turbilhão de sentimentos e descobertas. A aventura começou em setembro de 2016 e o Politécnico de Leiria foi o centro da ação até ao ano passado. Uma coisa que me agradou no curso e que continuo a defender ser do melhor da minha licenciatura é o abordar várias áreas diferentes. Desde o jornalismo, ao marketing, passando por comunicação e imagem. Mas, admito aqui e só uma vez, foi também esta premissa que deu várias dores de cabeça ao longo dos 3 anos. E isto não deve ser lido como algo negativo. Afinal qual o estudante de qualquer área que faz uma licenciatura sem ter vontade de desistir duas ou três vezes... por dia? 

Quando segues a área de Comunicação, ao longo da licenciatura - e depois dela, que isto parece ser algo a ficar para o resto da vida - ouves muita coisa que, de uma maneira simples e simpática, podemos chamar de besteira. Ideias feitas e (pré-)conceitos do que é a Comunicação. A parte da Media é como um H. Regra geral, as pessoas não a leem. Ignoram-na por não terem ideia de como a definir. Já para opinar estão sempre prontas e depois vais ouvir algumas teorias hilariantes - passado uns tempos, porque na altura podem causar dor. 

27/07/2020

Escrita criativa | As palavras são sonhos




As palavras são subvalorizadas. O problema é não serem algo palpável. Não podemos pegar num texto. Não podemos tocar em palavras e esquecemos fácil o quanto elas nos conseguem tocar. 

Crescemos a ouvir que uma imagem vale mais que mil palavras e esquecemos que uma palavra pode mudar uma vida. Ou apenas meia palavra baste. Já que para bom entendedor isso é o suficiente.

Vivemos num mundo visual, repleto de fotografias, vídeos, ilustrações e grafismos, e esquecemos que, por trás de tudo isto há uma história para contar e uma mensagem a passar. E que essa história e essa mensagem surgiram através de um (con)texto.

As palavras fazem a diferença. São essenciais para chegar às pessoas, para nos fazermos entender, para mostrar o que temos a oferecer, para contar o nosso propósito, para mostrar a nossa visão e missão, para lembrar que estamos aqui.

As palavras escrevem os sonhos que comandam a vida. São o pulsar das memórias, o sentido das histórias e agitar do coração.

02/07/2020

Playlist para escrever e outras manias


Foi quando andava na universidade que ganhei o hábito de ouvir música enquanto escrevia - na altura, só os trabalhos. Na época de muitos trabalhos, o cansaço reinava e não bebia café, então usava outros métodos para me manter desperta. Além disso, a música era uma boa forma de abafar todos os outros barulhos típicos de uma residência de estudantes. O estilo de música que me acompanhava nas noites entre estratégias de Marketing e estilos jornalísticos? Alerta guilty pleasure: pop e funk brasileiro.

É verdade. Para além de ser do mar, também do sou do Carnaval de Torres Vedras e estas músicas, para além do ritmo que me mantinha acordada, ainda tinham a vantagem acrescida de levar o meu subconsciente para casa e combater as saudades. 


Acabou a licenciatura, mas os hábitos mantiveram-se. Pelo menos, em certa medida, porque não, não estou a escrever enquanto oiço a Anitta a cantar o Show das Poderosas, nem o Kevinho com a Olha a Explosão. Deixei as músicas mais mexidas para fevereiro, ou para o uma sexta qualquer em que me lembre que I Love Baile Funk, e abracei forte as músicas brasileiras mais tranquilas, para me acompanharem - e inspirarem - enquanto escrevo.

Criei uma playlist no Spotify com cantores e bandas de diferentes épocas, géneros e ritmos, chamei-lhe de país_tropical e, assim, me vou deixando embalar pelas melodias doces vindas do outro lado do Atlântico, nos meus momentos de criação. Entre Silva, Ivete (ou Banda Eva), Netinho, Daniela Mercury, Seu Jorge e tantos outros, lá vou cantando, escrevendo, dançando e escrevendo mais um pouco.

Vamos só parar e notar nestes gerúndios todos da última frase. Já está? Boa! Eles foram intencionais, para remeter para o "país irmão", mas são muito mais as vezes em que o "português com açúcar" me escorre pelos dedos em primeiros rascunhos de textos. Valha-me a santa revisão, afinal não há escrita sem rescrita. São efeitos secundários destas canções doces, libertadoras de imaginação e de espírito.

Na esperança de te inspirar, também, seja para escrever, cantar, dançar ou apenas sorrir, deixo aqui a minha playlist.


Gostas de ouvir música enquanto escreves?
Que músicas/géneros musicais te inspiram?

04/06/2020

revoltas de um mundo louco

revoltas de um mundo louco


O mundo é um lugar estranho. E louco. Insano - sim, talvez seja esta a melhor palavra para descrever o mundo e a sociedade onde vivemos. Polícias que matam inocentes. Presidentes sem um toque de humanidade. Ódio disfarçado de amor. A terra a ficar sem ar. O oceano a virar lixeira. Pandemias. Pandemónios. Sentimento de impotência. Revolta.

Há uns anos, escrevi num post-it "A revolta como processo de cura. Revolta-te!" Esta frase surgiu num dos muitos devaneios sobre parvoíces e cansaços com a minha colega de quarto. Foi apenas algo a que achámos piada no momento e acabou por ficar em exposição no quarto - e na memória.

Agora quando me lembro dela sinto-a com outra emoção. Sinto que, neste momento, chegou a hora de nos revoltarmos. Não no sentido de cometer actos de loucura e violência. Basta de guerra. Basta de dor. 

Revolta  no sentido de se tomar partido pelas causas importantes. De ser ativo. De ter uma voz. Mas atenção! Antes de qualquer ação e qualquer escolha, algo muito importante: informação! Séria e fidedigna. Um sem informação é perigoso. Um mundo com fake news ainda é mais. A desinformação e a ignorância são o rastilho para sociedades de expremos, supermacia e liberdade condicionada.

Revolta no sentido de luta pacífica, pelo direito à vida. É irónico como algo aparentemente tão simples e básico é, na realidade, um bem precioso, complexo e, até, limitado. Porque todos nascemos para a vida, mas, na prática, nem todos temos o direito a viver. Por motivos tão cruéis. Por ideologias tão ultrapassadas.

O direito à vida é um direito universal. Independente de cor, raça, orientação sexual, religião, ou apenas dos sentimentos que temos.
A cor não é motivo para matar. É genética.
A religião não é motivo para matar. É paz.
A orientação sexual não é motivo para matar. É amor.
O amor não é razão para matar. É vida.

14/04/2020

parar e pensar

parar e pensar na quarentena


Está quase a fazer um mês que a quarentena começou. Há dias em que parece uma eternidade, outros parecem que foi ontem. Recordo que, no início a expectativa era de ter muito pouco para fazer. Hoje é o contrário. Para onde quer que olhe - imprensa, televisão, redes socias - só vejo estímulos para sermos super produtivos nesta fase. Treinos, dança, formações, concertos, cozinha. Maratonas de frito. Maratonas de cozido. Criar. Fazer. Mexer. Falar com pessoas. Chamadas. Mensagens. Videochamadas.

Uff.

Uma pessoa fica cansada só de pensar nisto tudo. E até faço várias destas coisas. Experimentei umas aulas de dança muito divertidas, tenho visto entrevistas, coversas ou apenas monólogos em diretos, vi séries, li, criei um projeto novo no Instagram, @discos.escondidos, e até participado em testes de algo que está quase, quase a começar e vai fazer boom por essa internet fora. Só não tenho estado ocupada intensamente. Prefiro abrandar o ritmo e fazer tudo com calma.

É bom parar. Eu gosto de parar. Gosto de pegar num livro e ler com calma. Gosto de ir arrastando uma série. Gosto de fazer uma sesta, passar uma eternidade a fazer scroll e ignorar messagens. E está tudo bem com isso. É okay não ser a pessoa mais ativa do mundo, estar um dia a fazer nada, ignorar messagens se não apetecer falar. É okay ter tempo só para nós. Aliás, é bom ter tempo só para nós! Parar. Pensar. Estamos em casa, no meio de uma pandemia. Não numa competiçãode quem faz mais. A única coisa que temos de fazer mais é protegermo-nos.


Marisa

24/03/2020

importância de fazer formações

importância de fazer uma formação workshoops


A vida é um desafio e os tempos de crise - seja económica ou social - servem para te reinventares e cresceres. De repente, parece que o mundo parou e ficaste em casa a trabalhar ou mesmo sem trabalho. O dia parece ter mais horas e há tempo de sobra para tudo. Uma boa forma de passares os teus dias é investindo em ti e fazer formações online. Existem sobre as mais diversas áreas e temas e muitas delas estão a um preço reduzido ou mesmo grátis. Não chegou para te convencer? Então, deixo três razões que explicam a importância de fazer uma formação.

20/03/2020

PRIMAVERA EM NÓS



O dia de ontem terminou com o sentimento de ter vivido três vidas e, ao mesmo tempo, de não ter feito metade do que pretendia. Há dias assim. E horas. E momentos. Pequenas frações de segundos. Em que carrego o peso do mundo inteiro nos ombros, sem perceber de onde vieram todas essas toneladas. Dias nos quais o cansaço impera, sem saber ter feito grande esforço. Em que todo o pormenor causa desconforto, sem saber o motivo de tanta frustração.

Dias de loucura. Dias de solidão. Dias em que só apetece gritar, bater a porta e fugir.

É normal!

Vão haver mais momentos assim. Mas também vão existir dias bons. Cheios de sorrisos. Dias produtivos. Dias de ronha boa. Tranquilidade. União.

27/02/2020

COMO APROVEITAR O DIA EXTRA

como aproveitar dia extra ano bissexto 29 fevereiro


O que se pode fazer em 24h? Um dia pode passar num sopro ou parecer uma eternidade. Tudo depende do ambiente, das atividades, das pessoas, das motivações... enfim, há infinitas possibilidades que controlam a forma como encaramos a passagem do tempo. A verdade é que todos já tivemos dias que pareceram ser eternos e outros em que precisávamos de um par de horas a mais.

Este ano temos mais um dia para aproveitar, estamos em ano bissexto, o que significa que fevereiro tem um dia a mais. A cereja no topo do bolo é o dia 29 ser a um sábado.  Já pensaste como vais aproveitar o 'dia extra' de ano bissexto?

14/02/2020

Dicionário carnaval torres vedras

carnaval torres vedras


Fevereiro, finalmente, chegou e está a aproximar-se os dias mais esperados por (quase) todos os torrienses: o Carnaval de Torres Vedras. Há quem nos chame de loucos por estarmos um ano inteiro à espera de cinco dias de folia, onde saímos à rua mascarados, a cantar, dançar e abraçar toda a gente - incluindo desconhecidos. Chamam-nos loucos porque nunca viveram. Se és um folião, vais reconhecer-te neste texto, se fores um forasteiro, espero que te inspire a participar no Carnaval mais português de Portugal. Sim, participar. O Carnaval de Torres não se visita: vive-se.

Se vieres, aconselho-te a fazê-lo com um torreense. Ele vai saber onde te levar e mostrar-te o que é importante, na hora certa. Vem mascarado e toma atenção às expressões e detalhes desta experiência. Vem com o espírito livre a aberto a tudo, para aproveitares cada momento. Antes de vires fica a saber um pouco mais sobre o nosso Carnaval:

10/02/2020

revenge of the 90's: a experiência, a viagem, o sucesso

revenge of the 90's: a experiência, a viagem, o sucesso

Os anos 90 estão na moda - seja na roupa, nas séries ou na música - e Portugal tem a maior experiência dos anos 90: a Revenge Of The 90's, produzida pela New Collective. Há três anos que esgota espaços por todo o país e espalha a loucura e a nostalgia pela última década do século XX. Comecei a gostar da Revenge antes de viver esta experiência. A ideia em si, deixava-me curiosa e com vontade de a viver. Em 2019 embarquei na minha primeira viagem a uma Revenge e as expectativas foram superadas. Foi a melhor noite da minha, tal como tinham prometido. Até este sábado. Dia em que regressei a esta viagem alucinante.

Tudo começou em setembro, quando, na apresentação da tour 2019/20 da Revenge Of The 90's, mencionaram que estavam à procura de embaixadores para cada cidade. Torres Vedras era uma das contempladas e foi impossível resistir. Inscrevi-me para embaixadora da Revenge, na minha cidade e depois foi esperar para fazer parte da família noventeira. Era início de dezembro quando recebi a mensagem que marcou os últimos dois meses: a Revenge estava a chegar a Torres e eu ia ser uma das RP's. "Tens mais sorte que juízo", disse-me uma amiga. É bem verdade. Tive muita sorte por ter entrado numa equipa fantástica e super disponível, da parte da organização. E, também, muita sorte pelos amigos que embarcaram nesta aventura comigo.

06/01/2020

Presépio vivo

Presépio vivo - dia dos reis


Hoje é dia dos Reis, mas a celebração foi ontem, com a visita ao Presépio Vivo da minha aldeia. A viagem ao ano 1 começa antes de entrar no recinto. O cheiro a eucalipto, o som ambiente e os cânticos e os guardas romanos na entrada, levam-nos para uma época remota e envolvem-nos no espírito festivo. O presépio está todo coberto por verduras, bloqueando qualquer vislumbre do que se passa lá dentro. Desta forma, aguça a curiosidade sobre o que está à nossa espera, do outro lado da passagem.

05/12/2019

Musical Chicago

Chicago musical, Teatro da Trindade. Soraia Tavares, Gabriela Barros


Chicago é um dos musicais mais conhecidos do mundo e, este ano, chegou a Portugal, com estadia prolongada no Teatro da Trindade, em Lisboa. A encenação é do encargo de Diogo Infante e a coreografia de Rita Spider.

Velma (Soraia Tavares) e Roxie (Gabriela Barros) cumprem pena por assassinato, ao mesmo tempo que lutam por uma carreira como bailarinas de vaudeville. Ambas recorrem aos 'favores da Mama' (Catarina Guerreiro), a chefe das guardas prisionais, e aos serviços do advogado Billy Flynn (Miguel Raposo) para escaparem à condenação e vingarem no mundo do espetáculo. 

Fui ver o musical com as expectativas altas, dado o sucesso que tem tido e, quando entrei no teatro fui, imediatamente, envolvida pela magia daquele espaço. A sala é pequena - tem lotação para 495 espetadores - e o palco está perto do público, criando um ambiente intimista que aumenta no decorrer da peça.

16/12/2017

39 Degraus


Risos. Aplausos. Gargalhadas. Uma injeção de cultura e boa disposição. Mais risos. Mais aplausos. Mais gargalhadas. É o resumo da noite de ontem. Rir é mesmo melhor remédio. E a semana não podia ter terminado da melhor forma que assistir à comédia 39 Degraus. A sessão foi no Teatro-Cine de Torres Vedras. A companhia foi a melhor: amigos. 

A história gira em torno de um ilustre e bem parecido gentleman inglês que é procurado por um crime que não cometeu e se vê no meio de uma teia de espiões e muitas peripécias. Vera Kolodzig, João Didelet, Martinho Silva e Marcantónio Del Carlo desempenham mais de 100 personagens. Um espetáculo de John Buchan e Alfred Hitchcock, com produção da Yellow Star Company, encenação de Cláudio Hochman, tradução de Sílvia Baptista, cenogragia, figurinos e adereços de Sara Machado Graça e Ana Paula Rocha. Informação do site CM-TVedras.

A animação começa mesmo antes dos atores entrarem em palco, com o típico aviso em voz-off, a dizer que o espetáculo vai começar e informações gerais, transformado num momento de humor já com uma certa ligação à história. 

A peça é uma correria do início ao fim. Os atores não param. Há uma constante mudança de personagens. O cenário está sempre a mexer. Há intriga. Há espionagem. Há aventura. Há heróis. Há vilões. Há romance. O público não consegue parar de rir.


A interação e cumplicidade entre atores é excelente. Criam momentos incríveis. Não são simples personagens. São inúmeras personagens, e por vezes, a mudança de papel faz-se em palco, em segundos (ou menos!), o que dá ainda mais ritmo à ação. Interpretam os sons. Mudam o cenário. E melhor... Fazem de cenário! O mais surpreendente, por ser inesperado, é quando falam uns com os outros como se estivessem a ensaiar. A primeira vez dá a sensação que foi um engano e improvisaram, mas ao logo da sessão percebemos que é mais um dos muitos pormenores de comédia da peça. Dos detalhes, há que salientar as expressões faciais dos atores. São tão carismáticas que enriquecem a peça com drama e humor ao mesmo tempo. 

Sem dúvida um ótimo plano para fazer com amigos ou família, e ganhar uma boa dose de animação e alegria. Mas atenção, tem uma contra-indicação! Quem arriscar a entrar nesta aventura corre o risco de sair com dores abdominais de tantas gargalhadas, com as mãos doridas de tantas palmas, e sem conseguir tirar o sorriso do rosto durante umas longas horas.

Por aí, alguém já assistiu à peça? 
Sabem o que são os 39 Degraus? 
Se ainda não viram, vão querer mesmo perder? Eu creio que não.


Marisa

Mergulhas?

© Maresia
Maira Gall