Há uns anos, escrevi num post-it "A revolta como processo de cura. Revolta-te!" Esta frase surgiu num dos muitos devaneios sobre parvoíces e cansaços com a minha colega de quarto. Foi apenas algo a que achámos piada no momento e acabou por ficar em exposição no quarto - e na memória.
Agora quando me lembro dela sinto-a com outra emoção. Sinto que, neste momento, chegou a hora de nos revoltarmos. Não no sentido de cometer actos de loucura e violência. Basta de guerra. Basta de dor.
Revolta no sentido de se tomar partido pelas causas importantes. De ser ativo. De ter uma voz. Mas atenção! Antes de qualquer ação e qualquer escolha, algo muito importante: informação! Séria e fidedigna. Um sem informação é perigoso. Um mundo com fake news ainda é mais. A desinformação e a ignorância são o rastilho para sociedades de expremos, supermacia e liberdade condicionada.
Revolta no sentido de luta pacífica, pelo direito à vida. É irónico como algo aparentemente tão simples e básico é, na realidade, um bem precioso, complexo e, até, limitado. Porque todos nascemos para a vida, mas, na prática, nem todos temos o direito a viver. Por motivos tão cruéis. Por ideologias tão ultrapassadas.
O direito à vida é um direito universal. Independente de cor, raça, orientação sexual, religião, ou apenas dos sentimentos que temos.
A cor não é motivo para matar. É genética.
A religião não é motivo para matar. É paz.
A orientação sexual não é motivo para matar. É amor.
O amor não é razão para matar. É vida.
Temos mesmo que embarcar nessa revolta consciente e informada, porque é a nossa vida que está em causa. Porque ninguém deveria ter que lutar, todos os dias, para garantir que a sua vida é tão válida como a dos outros. É urgente mudarmos!
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