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09/02/2021

NOTEBOOK | ERA UM VEZ UM FEVEREIRO VAZIO

carnaval de torres vedras revenge of the 90's

Fevereiro é sinónimo de festa e de folia. Este pequeno e frio mês é a razão para eu suportar o inverno e encontrar alegria nesta estação cinzenta. Porque é neste mês que a vida se enche com cores e vida incomparáveis.

Quem me conhece sabe que não sou a presença mais assídua em festas e são poucas a noites em que saio até tarde. Prefiro o conforto de casa, um bom livro ou uma série. Por outro lado, quando saio dou tudo. Adoro um bom concerto e festas que tenham a ver comigo. Gosto de estar na primeira fila, de cantar, saltar, dançar e gritar - sim, aqueles guinchos agudos capazes de soar por cima do som das colunas gigantes. Posso ir pouco, mas, quando vou, dou tudo. 

Há duas festas que são donas do meu coração: o Carnaval de Torres Vedras e a Revenge of The 90's. Se a primeira é a rainha de fevereiro desde sempre - não importa se calha em março, nós começamos a festejar muito antes - a segunda tem marcado presença na cidade pela mesma altura. Uma espécie de assalto temático, com uma viagem no tempo à mistura.

17/01/2021

OPINIÃO | LÁBIOS VERMELHOS, IDIOTAS E LIBERTADE

LÁBIOS VERMELHOS, IDIOTAS E LIBERTADE


Há uma semana comecei a ler 1984, de George Orwell. escolhi este livro porque já o queria ler há algum tempo  - aliás, está na minha lista de 30 livros para ler antes dos 30 anos. Escolhi este livro devido à situação pela qual estamos a viver.

Há uma semana decidi sublinhar este livro a vermelho. Primeiro porque gosto da cor. Segundo porque o lápis azul que estava a usar nos anteriores não me fazia sentido neste livro. 1984 é fala da perda da liberdade. Parecia uma falta respeito usar a cor com a qual era feita a censura, no tempo de Salazar. Não pensei em cores partidárias, mas, confesso, associei o vermelho à resistência. Vermelho da luta

Ontem, deparei-me com a passagem sublinhada na imagem no início da publicação. "... os lábios vermelhos brilhantes. As mulheres do Partido nunca se maquilham." Achei curioso ler isto em dias nos quais o batom vermelho se tornou rei e símbolo de um manifesto.

11/01/2021

NOTEBOOK | PENSAR COM SOTAQUE DE AÇÚCAR

pensar com sotaque de açúcar



Há pessoas meio ecléticas - pelo menos, olho para elas assim - que dizem pensar noutra língua, como o inglês ou o francês. Eu não tenho esse "toque de requinte". Assim muito de vez em quando lá aparece uma outra frase pensada em inglês, mas é mesmo só um acaso. Geralmente, uma consequência de situação em que esteja mais exposta ao idioma.

A minha segunda língua oficial do pensamento, vem do outro lado do atlântico e tem sotaque de açúcar. Sim, muitas vezes, dou por mim a pensar em português do Brasil. Tenho pensamentos cantados em gerúndio, naquele doce sotaque carioca do país irmão.

Tem vezes, até, em que o pensar me escapa pela boca e dou por mim a falar com sotaque, também. Não é uma sátira e tampouco uma tentativa de ser outra pessoa. Porque eu sou mesmo assim. Aliás, eu nasci assim, eu cresci assim, eu fui sempre assim... só não sou Gabriela. Mas, gosto muito da novela.

30/12/2020

NOTEBOOK | VOU QUERER RECORDAR 2020 III

recordar 2020


Não há duas sem três. Como a última publicação sobre a minha retrospetiva de momentos bons em 2020 estava ficou enorme, faço mais uma apenas para agradecer. Esta terceira e última parte de motivos pelos quais quero recordar este ano é uma espécie de momento de gratidão. No fundo, serve para me despedir deste ano a reviver e agradecer tudo o que ele me deu de bom. 

LIBERDADE PARA AGRADECER

2020 foi um ano em que se falou muito de falta de liberdade. Faz sentido, passámos boa parte dele confinados e com várias restrições. Mas não nos devemos esquecer da liberdade que nunca nos faltou. A liberdade de sermos nós mesmos. A liberdade de falar. A liberdade de reinventar. A liberdade para agradecer.

29/12/2020

NOTEBOOK | VOU QUERER RECORDAR 2020 II

recordar 2020


2020 foi um sopro e mesmo assim tive de dividir a retrospetiva deste ano em três partes. É a prova de que este ano deixa mesmo muita coisa boa para recordar!


UMA PANDEMIA DE DIRETOS

Março chegou e o mundo entrou confinamento. Felizmente passámos por isto numa época em que a tecnologia está muito desenvolvida e podemos fazer mil e uma atividades a partir da internet. Desde conversas com amigos e familiares, a reuniões de trabalho, passando por festas online.

Se há palavra que pode ser sinónimo de confinamento é Zoom. E diretos. Em dois/três meses assisti a entrevistas/conversas de amigos, fiz aulas de dança e até vivi o Natal em lives do Instagram. Aposto que também experienciaste, pelo menos, uma destas. Acertei?

28/12/2020

NOTEBOOK | VOU QUERER RECORDAR 2020 I

recordar 2020

Tenho visto e ouvido, um pouco por todo o lado, que este ano é um ano para esquecer. Não concordo! Sim, foi um ano com demasiados acontecimentos maus. Tristes. Revoltantes. Mas, pura e simplesmente, não posso - nem quero - esquecer um ano que, também, me deu bons momentos. Por isso, sim, EU QUERO RECORDAR 2020.

Este ano foi composto por opostos. Se por um lado parece que passou num sopro, por outro os dois primeiros meses de 2020 parecem ter acontecido há uma vida. Se por um lado me fechou em casa, por um outro abriu algumas portas. Se por um lado me afastou de algumas pessoas (em especial fisicamente), por outro aproximou-me de outras (em especial por via online). E se por um lado houve acontecimentos em que pensei Meu deus, que mundo doido é este? O que nós fizemos de mal para merecer isto tudo?!, por outro houve momentos pelos quais sou eternamente grata e que enchem o coração só de lembrar.

16/12/2020

NOTEBOOK | UM SOPRO E É NATAL

um sopro e nata, happy xmas john lennon




Amanhã eu penso.
Amanhã eu faço.
Amanhã eu vivo. 

Passamos a vida a adiar. Adiamos conversas. Adiamos sorrisos. Adiamos momentos. Adiamos momentos. Adiamos horas. Adiamos horas. Adiamos vidas. Existimos. Apenas.

So this is Christmas / And what have you done? Pergunta-me o John Lennon na canção Happy Xmas, que está a tocar ao fundo. Fogem-me as palavras para responder. Há sempre a sensação que ficou algo para fazer. Parece que tudo que fiz foi escasso. Especialmente este ano. Ou devo dizer este sopro? 2020 devia chamar-se SOPRO em vez de ano. E como raio é possível acontecer tanto num sopro? É igual a soprar as velas de um bolo de aniversário. Um sopro e puf... mais um ano.

Mergulhas?

© Maresia
Maira Gall