02/05/2023

MÚSICA | CONCERTO DOS D'ZRT

concerto dzrt encore regresso alitce arena

Vamos voltar a uns tempos atrás onde muito se previa e pouco a pouco acontecia...

Para falar do concerto dos D'ZRT é preciso recuar no tempo. Recuar até 2005, quando tudo começou. Recuar àqueles anos de loucura e ao único concerto deles a que tinha ido, em 2007. Rever histórias, músicas, memórias, pessoas, anos. Rever uma vida.

Recuar até julho do ano passado, quando anunciaram o regresso e àquela noite louca e mal dormida, onde comprei dois bilhetes às cinco da manhã. Recuar àquela semana seguinte em que começava a chorar de felicidade em momentos aleatórios do dia, apenas porque me lembrava que os D'ZRT iam voltar aos palcos e eu ia estar lá para ver. Recuar ao orgulho que senti a ver cada data esgotada e ao sentimento de pertença a uma tribo tão boa e tão grande depois de anos meio que a ser gozada por gostar de D'ZRT.

Recuar aos dias que antecederam o concerto em que as únicas músicas que conseguia ouvir eram as deles e o meu cérebro já só conseguia pensar na grande noite que estava por vir e na magia que ia acontecer. Recuar ao momento em que peguei na camisola do Para Mim Tanto me Faz e saí de casa rumo a Lisboa. Recuar ao momento em que cheguei ao Altice Arena e de repente estava na fila para ver os D'ZRT, estava rodeada pela minha tripo e de vez em quando lá ouvíamos som dos ensaios vindo do Altice. O momento em que tudo se tornou tão real!


UM CONCERTO DE EMOÇÕES

O regresso dos D'ZRT foi o meu segundo concerto favorito. O primeiro foi o deles em 2007 pelo simples facto de ter o Angélico. Se bem que ele esteve sempre presente agora também. Enfim, tu percebes. Consigo ter a distância para admitir que o concerto do regresso foi melhor em termos de estrutura, maturidade, meios e espetáculo. Mas o de 2007 vai ser sempre o favorito.

Neste regresso senti-me em casa! Já escrevi e reescrevi tantas coisas sobre este momento. No meu journal, nas redes sociais, em mensagem, em notas no telemóvel... Já escrevi tanta coisa e nada faz jus ao que vivi na noite de 29 de abril. O resumo que me soa melhor e que sinto ser a maior verdade é o seguinte: percebi que nos podemos sentir em casa num concerto. Talvez já o tivesse sentido em 2007, mas ainda era muito nova para o perceber. No sábado senti-me em casa, no meu mundo à parte, com o coração cheio. Senti-me eletrizada e a viver um turbilhão de emoções: felicidade, orgulho, realização, pertença, saudade, nostalgia, amor, carinho.

No sábado esteve uma tarde ventosa em Lisboa, e antes de entrar no Altive estava a tremer de frio, com a certeza de ir viver uma das melhores noites da minha vida, mas sem saber que ia tremer ainda mais de emoção.

Os D'ZRT ainda não estava em palco e já sentia que estava numa viagem no tempo. Nos minutos antes começou a dar músicas dos Morangos com Açúcar e toda a gente a cantar... foi o mote para o regresso a 2005. Tudo o resto foi uma viagem. As imagens deles, as fotografias com os fãs, as imagens dos Morangos... Foi mágico.

Depois de uma crise de fazer 30 anos, percebi que é bom voltar e recordar as coisas, pessoas e momentos que nos fazem bem e de que gostamos. É bom aquele sentimento de "tenho 13 anos outra vez", mas é ainda melhor ter 30 e ter o privilégio e as condições para viver isto tudo na fila da frente, 100% à minha maneira e ainda poder partilhá-lo e dar esta experiência à minha irmã (ela sim, com 13... a ironia da vida)

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MOMENTOS QUE MARCARAM

Não vou descrever o espetáculo, porque iria estar aqui muito e há coisas que só mesmo vividas. quero só destacar algumas partes que me marcaram mais:

A entrada, com fotografias e vídeos dos D'ZRT, com coisas que disseram há uns anos e com um texto emotivo em voz-off e momento em que eles entraram no palco e a música começou com o Angélico a cantar.

Os longos minutos de palmas e gritos ensurcedores, ao fim das primeiras músicas. Que os deixaram muito surpreendidos, sem reação e emocionados. Era por isto que sentia que era tão importante ir ao primeiro concerto (e espero que não me interpretem mal). Era poder viver tudo em primeira mão com eles e ver como eles reagiam e ao grande regresso. Talvez os concertos seguintes estejam mais afinados ou melhorados, mas para mim o melhor é espontâneo da novidade. 

Os momentos em que havia imagens dos Morangos com Açúcar, nas quais o Angélico aparecia muitas vezes e também teve as cenas de despedida do Dino, com o balão. Sim, houve muitas lágrimas. Mas nada que se compara aos minutos que passei a tremer toda...

Eu sabia que ia ser uma noite de emoções fortes, brincava que ia levar um carregamento de lenços, mas nunca estaria preparada para a homenagem ao Angélico, com um holograma dele envelhecido, ali entre o Cifrão, o Vintém e o Edmundo. A cantar, a mexer-se e a falar conosco. O meu mundo caiu ali. "Só depende de nós" é a minha música preferida da vida e foi a única que não consegui cantar a plenos pulmões porque estava demasiado ocupada a tentar não me afogar em lágrimas. Mas este momento não podia ter sido mais perfeito.

Toda a interação entre eles, as trocas de olhares, o carinho, os toques e abraços. Todas as vezes que olharam para cima e abriram os braços ao céu. Tanto amor, orgulho e carinho uns pelos outros. Há coisas que nunca mudam e deu para perceber que a relação deles continua forte, sincera e única. É muito bonito ver isto.

Tudo o resto que aconteceu fica guardado na minha memória, no meu caderno e na minha galeria. Acrescento só que vou continuar a viver emocional e mentalmente neste concerto por muito tempo. Passaram três dias e continuo a receber visitas inesperadas de lágrimas de emoção e felicidade por ter vivido este concerto perfeito e incrível. 

Resumindo, tudo o que queríamos era voltar e voltámos em grande, com um concerto mágico e uma noite inesquecível.


4 comentários

  1. Voltaram em grande, Enchem pavilhões. Gosto muito de os ouvir

    Um dia feliz com Saúde, Paz e Amor.
    *
    Poema de hoje:- Entrámos na Esfera Lunar
    */

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    1. São ótimos cantores e pessoas incríveis, foi um regresso muito mágico :D

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  2. A contar os dias para este regresso, mas acho que não estou emocionalmente prepada *-*

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    1. Não é possível estar preparada. Se me dissessem tudo o que ia acontecer eu continuava a não estar preparada para o que vivi ali *-*

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