Imagem retirada da página de Facebook da série Sara |
De uma ideia original de Bruno Nogueira surgiu "Sara", uma série trágico-cómica que passou na RTP2, nos últimos domingos.
Sara (Beatriz Batarda) é uma atriz de cinema conhecida pelo drama que entregava às suas personagens e pela sua capacidade nata para conseguir chorar. Mas, um dia, as lágrimas secaram e Sara trocou a sétima arte pelas novelas.
A série tem tanto de cómico como de dramático e até momentos mais sem sentido, que, conjugados, resultam numa obra ímpar e cativante. Repleta de humor negro, "Sara" é uma crítica à realidade da televisão portuguesa, em especial das novelas. Conta com a caricatura de personagens típicas do mundo televisivo, como a atriz que vive de patrocínios nas redes sociais (Inês Aires Pereira) e o ator canastrão que gosta de chamar a atenção dos meios de comunicação (Nuno Lopes).
O que mais me intrigou na série foi o agente de Sara, interpretado por Albano Jerónimo. Ao início parece um agente normal mas, no desenrolar da história, parece uma personagem que só Sara vê, uma espécie de alter-ego ou consciência que a acompanha para todo o lado e aparece e desaparece como por magia.
"Sara" é uma série com oito episódios, caracterizada por uma imagem bastante cinematográfica. Os seus criadores, Bruno Nogueira e Marco Martins, conseguiram criar um produto de excelência, uma sátira repleta de dignidade, à qual faltou promoção por parte do canal público. Por outro lado, tem-se revelado um fenómeno na internet. A série, que também esteve disponível na plataforma RTP Play, foi positivamente criticada nas redes sociais. Aliás, o sucesso foi tanto que o ator Nuno Lopes, criou uma conta de Instagram para o seu personagem, @joaonunes.oficial, que já conta com mais de 4 mil seguidores.
Marisa
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