Deves viver segundo o que te faz sentir bem ou seguir as normas da sociedade? É a pergunta mais presente durante a leitura de Uma Questão de Conveniência, de Sayaka Murata.
Keiko é vista como estranha e como alguém fora do padrão desde criança. Tem 36 anos e sempre trabalhou como precária e nunca namorou. Para si, estas questões não importam. Leva uma vida tranquila seguindo o manual da loja de conveniência onde trabalha e adaptando-se aos maneirismos dos seus colegas.
Mas a família e amigos de Keiko não pensam da mesma maneira. Fazem uma pressão constante para siga de uma vez as normas da sociedade. Querem que case e tenha um trabalho certo e importante. Querem que ela dê os mesmos passos que toda a gente deu ao longo dos tempos. No fundo, querem que Keiko siga rituais antigos com milhares de anos.
A SOCIEDADE EVOLUIU
Ou pelo menos é o que parece à primeira vista. A tecnologia está desenvolvida. Os direitos humanos são cada vez mais importantes. Muitas mentalidades começam a mudar.
Mas, se olhares bem para o fundo da questão, será que a sociedade evoluiu mesmo? Ou será que apenas mudou? E é no meio dessas mudanças que podes encontrar uma ou outra evolução em certos aspetos da vida.