Numa manhã como todas as outras, o mundo inteiro acorda com caixas misteriosas à porta de casa. Lá dentro têm uma única corda. O que será? É a pergunta que todos querem ver respondida, mas para a qual ninguém tem resposta. Pelo menos ao início.
Pouco tempo depois, descobre-se que as cordas medem a duração da vida do seu destinatário!
O livro A Medida fala sobre um mundo dividido entre "cordas curtas" e "cordas compridas", a aprender a viver com a nova realidade de descobrir o tempo que tem para viver.
OITO PERSONAGENS E O MUNDO INTEIRO
A história de Nikki Erlick centra-se na vida de oito personagens principais. Entre elas, há cordas curtas, cordas compridas e ainda quem decida não abrir a sua caixa.
As personagens são todas diferentes e conseguem representar bem diferentes personalidades e formas de reagir à situação. No fundo, vemos o mundo inteiro representado neste pequeno núcleo.
Temos os mais fatalistas, os que ficam vidrados em saber mais sobre a situação, os oportunistas, os que aceitam bem o seu destino, os que querem lutar pelos seus direitos e os que preferem não saber quanto tempo lhes resta e continuar na ilusão que são invencíveis.
DISTOPIAS E PANDEMIAS
O que me cativou mais no livro A Medida foi a sua premissa!
A história entre as personagens não é genial e revirei os olhos a algumas ligações entre elas, porque me pareceram demasiado forçadas. Apesar disso, gostei da experiência de leitura e o livro mexeu muito comigo.
Durante a leitura lembrei-me muito dos tempos de confinamento do Corona Vírus. Associava muito os cordas curtas às pessoas com Covid-19, nessa altura. De como todos desconfiavam de todos, do medo e da incerteza se estavam infectados ou não. E também da forma como a comunicação social e os políticos lidavam com a pandemia.
Acho que foi esta "afinidade" pandémica que me fez sentir uma ligação tão grande com o livro de Nikko Erlick.
ABRIR A CAIXA OU NÃO ABRIR?
A Medida também foi um livro que fez pensar muito sobre qual seria a minha reação perante uma situação destas.
Passei muito tempo a perguntar-me se abria ou não a caixa e não me consegui decidir. A única resposta concreta foi que a minha ansiedade ia atingir picos!
Se isto acontecesse ia dar em doida, porque a parte de mim que gosta de ter tudo controlado ia querer saber, mas por outro lado ter um tempo limite definido também me ia deixar muito nervosa.
Provavelmente iria abrir a caixa, mas cedo ou mais tarde, por ver as pessoas à minha volta a fazê-lo e porque, regra geral, a curiosidade e a necessidade de respostas iam levar a melhor.
E tu, o que farias?
É tentador abrir a caixa :)
ResponderEliminarFiquei curiosa com o livro.
Um beijinho
🌸 Rosana 🌸
Muito tentador! Obrigada, Rosana *-*
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