Os D'ZRT são o meu mundo à parte. Sempre foram. O ritual da minha juventude e adolescência era chegar a casa, lanchar, fazer trabalhos da escola e ver Morangos com Açúcar. Desse por onde desse, tinha de estar em casa às 19h, com a TVI ligada. Foi assim durante 10 anos (enfim, sou da geração Morangos) e o que mais me marcou foram os D'ZRT.
Os D'ZRT são o meu refúgio. Se alguma coisa corre mal são as canções dele que ouço. Desde 2005. Quando estou mais em baixo, quando preciso de forças, quando tenho dias menos bons é (quase) sempre aos D'ZRT que recorro. E já foram tantos desde o seu início.
ESSÊNCIA (DA MINHA VIDA)
Os D'ZRT são conforto, são aconchego, são casa. São quem me seca as lágrimas e com quem festejo.
O Vintém, o Cifrão, o Edmundo e o Angélico entraram na minha vida pela televisão da sala em 2004 e permanecem no meu coração até hoje. Desde então que foram amigos, companhia e fonte de inspiração. Marcaram-me como só alguém muito importante consegue marcar o outro. Mas também entraram na minha vida onde o acesso ao mundo não estava à distância de um clique como o de hoje o que tornava tudo muito mais intenso e duradouro. Mas, acima de tudo, entraram na minha vida numa idade em que as referências são tão importantes para a construir uma personalidade e, sem dúvida, que eles os quatro deram muito à pessoa que sou hoje.
Também já foram motivo de chacota porque "ninguém ouve D'ZRT... isso não presta". LOL. Cinco datas gigantes esgotadas em dois dia e mais algumas em menos de uma semana... É único comentário que tenho a fazer sobre o tema.
Nem vos passa o orgulho que tenho neles neste momento. Sempre o tive! Mas agora está com um gostinho diferença. É o saber que esta tribo ainda é gigante e que há mais (muito mais) gente a vibrar tanto quanto eu com este regresso.
Acho que nunca chorei tanto de alegria como tenho de feito na última semana. Não consigo encontrar palavras para descrever o que estou a sentir. É muita alegria e muita emoção.
Há uma falta gigante. Vai ser existir sempre. Mas serão sempre quatro, independentemente da presença física.
Para o concerto só tenho duas certezas: vou ter de ir carregada de lenços de papel e vou adorar. Estou pronta para dar tudo. Deixar a minha alma e a minha voz no Altice Arena, depois de cantar e gritar e saltar. Por mim, o concerto podia ser já hoje, de tanta vontade que tenho de viver tudo aquilo.
Até lá, vão ter de levar comigo a cantar e ouvir D'ZRT ainda mais do que o normal. Mas enquanto estou a ouvi-los estou bem. Isso é que importa.
VAMOS VOLTAR A UNS TEMPOS ATRÁS
O regresso dos D'ZRT fez-me olhar para trás e fazer uma espécie de reflexão sobre a minha vida. Nem sempre foi fácil. Sei que talvez ninguém queira saber de histórias triste e também não quero partilhar as minhas. Mas os D'ZRT foram sempre um grande suporte e é impossível pensar neles e olhar para trás sem ver a Marisa insegura a chorar por alguém a fazer acreditar que não valia nada.
Hoje essa Marisa é apenas uma lembrança (que ainda me vem assombrar de vez em quando, mas seguimos firmes).
A Marisa de antes foi a um único concerto da sua banda preferida, porque era entrada livre para não pedir demais e num dia muito atribulado, por ser difícil encontrar companhia para o fazer. Mesmo assim, continuo a dizer que foi o melhor concerto a que fui. Na sexta-feira comprei bilhetes para bem perto do palco. Dois. Para levar a minha irmã. Mas se tivesse de ir sozinha, ia sem qualquer preocupação.
A Marisa de antes ficaria calada a festejar sozinha para não levantar muitas ondas, nem chamar a atenção. Neste últimos dias tenho gritado aos sete ventos o quão estou entusiasmada e feliz com tudo o que está a acontecer e o orgulho e amor que tenho por estes quatro. (sim, quatro. sempre)
Passaram quase 20 anos desde que a banda nasceu. Ao escrever este texto troquei 2005 por 2015, porque este tempo todo parece muito irreal. É uma vida!
Tinha doze anos e agora estou no último dos vintes. Na altura não sabia nada do que queria da vida além de terminar o nono ano. Agora sou licenciada, tenho um trabalho na área que gosto, já entraram e saíram muitas pessoas e alguns lugares da minha vida... e tenho tantos sonhos. Realizados e por realizar.
Em resumo, cresci e mudei muito nestes anos , mas há coisas que nunca mudam. A importância que os D'ZRT têm na minha é uma delas.
OBRIGADA
Se pudesse dizer algo aos D'ZRT, de todas as palavras do mundo, escolhia um obrigada.
Obrigada!
Por me trazerem novas forças.
Por me encherem de alegria.
Por simplesmente lá estarem.
Por as músicas cantarem.
Por nunca me abandoarem.
Obrigada!
Porque é por vocês que (tantas vezes) continuo em frente.
Porque é por vocês que bilha este meu mundo.
Porque, enfim, juntos vivemos neste nosso mundo à parte e o final só depende de nós.
E agora? Agora só quero voltar.
Vem rápido, abril!
Até já!
Tenho um olho na minha lágrima! Que felicidade e orgulho nestas novidades, nestas datas esgotadas, nesta onda de amor que mostra bem o quanto marcaram gerações *-*
ResponderEliminarCompletamente. São muitas emoções neste regresso *-*
EliminarNunca fui doida pelos Dzr't, mas também não o sou por nenhuma banda. Mas entendo muito bem a loucura que foi. Aliás quando vi o anúncio deles na TVI percebi logo que ia esgotar em minutos.
ResponderEliminarAlguma vez a geração MCA ia perder esta oportunidade? Nunca na vida 😂
Vai, diverte-te e aproveita bem. Partilha nos stories que eu vejo tudo ahah
Eu fui (sou, admito ahah) muito doida. Ser da geração é muito ficar feliz com estes regressos :) Vou partilhar tudo o que filmar ahahah
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