24/11/2020

Copywriting | as 4 fases de um rascunho escrito à mão


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Escrever à mão dá outro sentido às palavras. Torna a nossa relação muito mais pessoal. As ideias surgem mais depressa quando pego numa caneta e num caderno. Concentro-me mais. Tudo flui melhor e de forma mais natural.

Os meus cadernos estão repletos de rascunhos de textos do blogue, trabalhos, descrições para redes sociais, ou apenas ideias soltas que nunca chegam a ver a luz do dia. Também estão cheios de rabiscos. Letras grandes. Letras pequenas. Setas, sublinhados e outras chamadas de atenção. 

Foi nesta confusão organizada a que me fui inspirar para escrever este texto. Estava a folhear os meus cadernos à procura de ideias para artigos aqui para o Maresia e reparei num pormenor. Quase todos os meus rascunhos têm fases em comum. Então, pensei posso falar um pouco do behind the scenes e falar sobre o processo de criação. E aqui estou eu, pronta para te mostrar as 4 fases de um rascunho escrito à mão.


1. A FASE DA CONFIANÇA

A primeira fase surge logo depois da ideia aparecer. Estás cheio de confiança e vês a tua ideia como a melhor de todas. Sentes-te tão iluminada que só falta, mesmo, aquela luzinha a acender como nos desenhos animados. E a tua escrita reflete toda a tua confiança: escreves com letra grande, redonda e bonita. 


2. A FASE DA CONFUSÃO

A magia não dura para sempre. Pena. E entre o segundo e o terceiro parágrafo começas a duvidar da tua genialidade, porque é a altura em que precisas de organizar a mente e os pontos a abordar. Começa a surgir uma névoa ao fundo, meio que a embaciar a tua lâmpada de ideias luminosas. Olhas para o texto e pensas afinal não era bem isto, vou só mudar umas coisitas. Quando dás por ti já riscaste metade das palavras e mudaste frases completas. Provavelmente, até o sentido ou o tom inicial do texto. 


3. A FASE DO TURBO

Depois das trocas da fase da confusão, vêm as certezas. Finalmente! Acabaste de descobrir o caminho certo. Sabes o que queres dizer e como o vais fazer. E é aqui que ligas o turbo. Começas a escrever mais rápido, a letra pequena, meio ilegível, quase ao nível de letra de médico. Já não te importas com as letras grandes e bonitas da fase da confiança. A única coisa importante é escrever tudo sem deixar escapar o mais ínfimo pormenor.


4. A FASE DO CHOQUE DE REALIDADE

Texto feito. Pensas missão cumprida e vais passar para o computador ou apenas reler a tua obra de arte mais recente. Até quando... a tragédia, o drama, o horror! Erros ortográficos por todo o lado, pontuação sem qualquer sentido, palavras que mais parecem linhas e não tens bem a certeza do que escreveste ali. Enfim, não escrita sem rescrita e tudo isto faz parte do processo de criação.


Costumas escrever à mão?
Passas por alguma destas fases?

2 comentários

  1. Adoro escrever à mão! Aliás, todas as minhas publicações são feitas dessa forma. E revi-me em muitos pontos

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Maira Gall