02/04/2020

rosa, minha irmã rosa

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Era uma vez um livro que chegou cá a casa quando eu tinha 8 anos e marcou a minha vida. Um livro que conta a história de Mariana, uma menina que tinha mais ou menos a minha idade, na altura, e tinha acabado de deixar de ser filha única. Tal como eu.

Rosa, minha irmã Rosa, de Alice Vieira, foi um dos livros mais importantes da minha vida. Defendo que há livros certos para cada pessoa e só quando (e se) alguém descobre o seu tipo de leitura é que consegue gostar de ler. Com algumas pessoas isso acontece cedo, outras tarde e com outras nem chega a acontecer. Eu tive a sorte de sempre estar rodeada de livros que gostava. Mas é o "Rosa" que marca a passagem os livros com mais desenhos que palavras, para os livros com mais palavras que desenhos.  E marcou, também, a minha vida como leitora. Talvez pudesse ter sido outro qualquer, mas nunca saberei. O "Rosa" foi a história certa, na altura certa e isso torna-o no livro que me mostrou como a leitura nos ajuda em todas as fases da nossa vida. Sejam boas, más, ou apenas diferentes e novas.


Para o mês de Março o The Bibliophile Club, sugeriu ler um livro infato-junevil e o Rosa, minha irmã Rosa foi o que me veio logo à ideia. O melhor dia para falar só podia ser hoje: o Dia Internacional do Livro Infantil. Rele-lo foi uma mistura de sentimentos. Se por um lado estranhei a escrita e percebi que a história não era 100% como tinha guardado, por outro foi ótimo recordar o livro que marcou a minha infância e a minha história de leitora.

O Rosa, está velhinho, com a capa meio dobrada e marcada e as folhas cheiram a bafio. Esteve muitos anos fechado, porque o espaço para guardar livros não é muito e os mais recentes vão roubando o lugar aos restantes. Há uns tempos voltou a ver a luz do dia, quando fui resgatar os meus livros antigos para dar à minha irmã, ganhou mais uma dona e fã e, agora, voltou a pertencer à vida desta casa.

Marisa


1 comentário

  1. É tão especial quando os livros nos permitem preservar estas memórias tão boas *-*
    Li-o, pela primeira vez, em 2018 e gostei imenso. Embora não me consiga identificar na totalidade com a história, porque sou filha única, tem uma escrita que nos envolve

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