01/02/2020

A insustentável leveza do ser

a insustentável leveza do ser milan kundera


Livros adaptados ao cinema ou televisão foi o desafio lançado para o The Bibliophile Club, em janeiro. Para escolher a minha leitura, peguei nos livros por ler e escolhi um que tivesse sido adaptado ao pequeno ou grande ecrã, tal como disse aqui. O vencedor foi A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera, um clássico que estava em lista de espera, cá em casa, desde o verão. 

O LIVRO
A ação decorre entre Praga e Zurique, a partir de 1968 e atravessando algumas décadas. Num primeiro plano, conta a história de Tereza, Tomas, Sabina e Franz, cujas vidas se cruzam, seja pessoalmente, seja por força de comparações e pensamentos. Seria uma história como tantas outras, de amor, acasos e traições, não fosse toda a introspeção filosófica do autor, bem como acontecer durante a invasão russa à, na altura, Checoslováquia - agora, República Checa e Eslováquia.

A narrativa mistura acontecimentos da vida das personagens, com uma extensa análise à condição humana segundo Kundera. O autor checo-francês fala da leveza e do peso, do retorno e da compaixão, dividindo o livro nestas três grandes partes. Ao mesmo tempo, A Insustentável Leveza do Ser é um registo histórico das invasões da União Soviético - agora Rússia - à Checoslováquia e da Primavera de Praga. Dando a conhecer como era o ambiente da sociedade, a emigração, a comunicação social e a política.


OPINIÃO
A obra de Milan Kundera pode ter leveza no nome, mas não é, de todo, um livro leve. As críticas são positivas e, apesar de não ter expectativas elevadas, pensei que ia ser uma leitura boa e aprazível, porém não me prendeu nem entusiasmou. Gosto de narrativas rápidas e com ritmo, de ação e suspense constantes. Daquelas que tiram o fôlego e dão vontade de ler o livro de uma vez. O A Insustentável Leveza do Ser tem muitas quebras e alguma metafísica que me fizeram perder o interesse na história. 

No fundo, foi um pau de dois bicos. Se por um lado é rico em cultura, filosofia e ensinamentos históricos, por outro revela-se uma leitura pesada devido ao seu ritmo lento e cortado.

O FILME ainda não vi, infelizmente. Por norma, dispenso ver filmes de livros que tenha lido, porque acabam por ser sempre uma desilusão e destruir a magia que criei em torno da história e das personagens. Neste caso, talvez por não ter criado uma relação forte com o livro, fiquei com uma grande vontade de conhecer a versão cinematográfica da obra de Kundera, na esperança de ficar a gostar mais da história.


Marisa


1 comentário

  1. Já tive a oportunidade de ler este livro e gostei imenso. Porque puxa bastante pelo nosso lado reflexivo :)
    O filme também não vi

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