Estou a ler a autobiografia da Rita Lee e, além de estar a ser uma boa companhia, também já me fez pensar um pouco.
A meio encontrei uma passagem onde ela conta que recebeu comentários negativos da crítica quando usou, pela primeira vez no Brasil, bateria eletrónica em algumas faixas do o álbum “Saúde” e acrescenta: “Enquanto a crítica vinha com a farinha, minha antena futurista já comia bolo. Ser pioneira tem um preço”.
Esta frase deixou-me a pensar em como isto aconteceu tantas vezes em matéria de criatividade. Quantas vezes o problema não é a ideia em si, mas sim:
1. As pessoas que a aprovam (ou desaprovam, no caso).
2. O público que ou não está preparado para certo tipo de conteúdo ou que não é o alvo e não percebe a mensagem que está a ser passada.
3. Apenas não é o momento certo para se fazer.
No primeiro caso pode ser o mais frustrante. Saber que algo tem tudo para correr bem, mas não vai para a frente por falta de visão (ou mesmo teimosia).
Já em relação ao público… É normal existirem mercados diferentes e públicos em diversos estágios e com diferentes mentalidades. Uma ideia pode funcionar na perfeição no mercado A e ser um total desastre no B. É aqui que entra a adaptação. E também a aceitação de que nem sempre podemos fazer aquilo que planeamos e sabemos ser original e de qualidade.
No caso de apenas ser criticada por pessoas que não o público-alvo, se este a recebeu bem, o objetivo foi cumprido. Vitória!
Sobre não ser o momento ser, voltamos a ter de aceitar (que dói menos) e guardar as ideias na caixa “projetos futuros”, porque pode ser que venha a dar jeito.
Mas o mais importante é seguir o pensamento da Rita Lee, que se lixem os críticos com pensamento limitado e viva o olhar no futuro e as boas ideias!
Que reflexão tão pertinente! Às vezes, temos mesmo de ir só, mesmo que existam críticas, porque, se nós acreditarmos no nosso projeto, quem estiver recetivo a ouvir, há-de perceber o nosso propósito
ResponderEliminarÉ isso mesmo. Ir, tentar e acreditar em nós *-*
EliminarNem sempre as criticas são positivas e/ou acabam por assim se revelar. Na insistência no que se acredita pode estar a chave da glória.
ResponderEliminar.
Saudações poéticas
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Poema: “” Ondas partem como amantes desunidos … ””…
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Bela forma de ver as coisas, Ricardo
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