"As Coisas que Faltam" era o lançamento literário que mais aguardava este ano! Tanto que comprei em pré-venda, cheou no dia certo, comecei a ler no dia a seguir (porque foi impossível ler no próprio dia, mas a vontade era essa) e terminei dois dias depois.
O livro de Rita da Nova conta a história de Ana Luís, uma jovem mulher que nunca conheceu o pai. Em "As Coisas que Faltam" acompanhamos a vida da protagonista desde criança até adulta, passamos pelas suas várias fases, problemas, conquistas e incertezas. No fundo, esste livro é uma espécie de diálogo interno da Ana Luís (ou pelo menos eu interpretei-o assim, que isto o bonito dos livros é cada um olhar para eles com uma visão diferente) e isso leva-nos a sentir na pele as situações e adversidades por que ela passa.
Não vou negar! Houve muitas (MUITAS) vezes em vez que me apeteceu dar um par de estalos à Ana Luís, agarrá-la pelos ombros, abaná-la bem e dizer-lhe "Acorda para a vida, rapariga!". Por outro lado, também houve muita vezes em que me apetecia abraçá-la e sussurrar que ia ficar tudo bem. É este despertar de emoções que me prova que os livros são bons.
A Rita brinca com as palavras de uma forma única e mágica, tornando qualquer descrição em algo especial. Seja uma casa, sentimentos, pensamentos, expressões corporais ou um simples objeto como um candeeiro. Pode-se até dizer que é uma escrita meio poética, que descreve as coisas além da forma óbvio e que nos envolve na narrativa.
Além disso, "As Coisas que Faltam" é um livro com personages bem construídas, com características e um passado bem pensados. Adoro isso!
Apenas senti falta de mais diálogos. Percebo que não fossem necessários. O livro centra-se muito nos pensamentos da Ana Luís, pode quase ver-se como um diário, não obrigando a grandes diálogos. É só uma questão de gosto pessoal, porque livros com muitas conversas entre personagens tornam, para mim, a leitura mais fácil e fluída.
"As Coisas que Faltam" é um livro bonito e triste (não esperava outra coisa da Rita), mas curiosamente o que me levou às lágrimas foram os agradecimentos. Por falar em agradecimentos... Respondendo à última frase destes: valeu muito a pena esperar! E agora espero pelo segundo!
Acredito que seja um livro fascinante de ler
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos e cordiais
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Super fascinante e bem escrito :D
EliminarUm favorito do ano e da vida! É tão humana a forma como a Ana Luís nos conta a sua história e embarca nesta jornada quase visceral. A forma como se comporta talvez não seja consensual, mas há muita verdade ali. E fiquei fascinada como, tendo em conta o tema central, a Rita conseguiu criar uma história com a qual nos podemos relacionar bastante
ResponderEliminarSim! A minha vida não tem muito (nada) a ver com a da Ana Luís e consegui sentir na pele tudo o que ela passou. É mágico!
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