Hanneke mora num Amesterdão envolto na névoa nazi durante a Segunda Guerra Mundial. Aos 18 anos trabalha numa agência funerária, mas este é só um trabalho oficial e fachada. A sua verdadeira ocupação é percorrer a cidade a comprar e vender produtos no mercado negro. Num dia chuvoso recebe um pedido diferente, perigoso e desafiante. Uma idosa que perdeu o filho e marido na guerra, pede-lhe que encontre Mirjam, uma adolescente judia, cuja a única informação que tem é que vestia um casaco azul. Hanneke decide procurá-la, contrariando as suas regras e dando início a uma busca não só da rapariga como de si mesma.
“A Rapariga do Casaco Azul” é uma narrativa envolvente sobre a sobrevivência, o medo, as injustiças e os segredos vividos na capital holandesa na segunda Grande Guerra. A escrita simples e leve em contraste com a história pesada e obscura. O livro de Monica Hesse é daquelas obras essenciais, nem que seja apenas pelo motivo de não nos deixar esquecer os tempos de guerra e de nos lembrar o quão privilegiados somos por vivermos depois dessa época, bem como para nos lembrarmos da importância de ajudar os outros, pois se mesmo em alturas em que tudo parecia impossível as pessoas cuidavam umas das outras, agora nem há motivos para desculpas.
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