A vida de Amande escurece no primeiro dia de verão. Entra de luto e refugia-se na escuridão é no isolamento de uma casa de campo. É ali, fora do seu habitat natural de mulher citadina que se esconde e que se reencontra, ao mesmo tempo que explora os calendários e dicas de jardinagem da antiga dona da casa.
"Todos os Amanhãs" é mais do que um livro sobre morte e luto. É um livro sobre dar tempo ao tempo, conhecermo-nos e respeitarmos o nosso ritmo, corpo e vontade. É um livro sobre recolher para depois renascer. É um livro sobre esperança, solitude e aceitação. É um livro sobre a vida e tudo o que esta contempla, desde os dias mais escuros aos mais floridos.
As personagens são reais, com imperfeições e dúvidas... No fundo "gente como a gente" com quem foi muito fácil me identificar e criar uma relação com elas. A escrita de Mélissa da Costa é muito bonita, com um toque de poética e super envolvente, o que a torna a leitura muito fácil. Apesar disso, fui tentando arrastar a leitura ao máximo, para continuar mais tempo neste livro, porque ele estava a ser tão bom e aconchegante, que dava-me pena de me despedir dele.
Toda a história de luta e redescoberta tocou-me bem no fundo e consegui sentir o que as personagens estavam a viver e identificar-me com o que elas estavam a passar, mesmo não tem vivido exatamente o mesmo que elas.
Este seria um daqueles livros que, provavelmente, à partida, não iria ler por iniciativa própria. Mas num belo dia de maio, chegou cá a casa por correio, uma oferta da Penguin Random House (é editado pela chancela Suma de Letras). Eu que tenho sempre muito medo de ler sinopses e levar com spoillers, aventurei-me a ler esta por ser pequena e ainda bem, porque passou logo a leitura prioritária. E este passou a ser um dos favoritos do ano!
Tento tanta curiosidade em relação a este livro *-*
ResponderEliminarEu acho que faz muito o teu estilo!
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