26/02/2021

LIVROS | MULHERZINHAS

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Um livro fora da tua zona de conforto. Foi o desafio de fevereiro para o Uma Dúzia de Livros. Este tema tem tudo a ver com o caminho para o qual tenho direcionado a minha rotina de leitura: ler livros de géneros e temas diferentes dos que estou habituada.

À semelhança do que aconteceu em janeiro, aproveitei este desafio para cumprir um outro que fiz a mim mesma e juntei o Uma Dúzia de Livros da Rita da Nova aos meus 30 Livros Para Ler Antes dos 30. Desta vez, parti numa viagem no espaço e no tempo até aos Estados Unidos do século XIX e fiquei hospedada na casa de uma família humilde, onde moravam quatro Mulherzinhas, com a sua mãe.

Isso mesmo, o livro escolhido foi o clássico Mulherzinha, de Louisa May Alcott! A história fala dos March, uma família que passa por tempos dificeís, tanto por questões monetárias, como por provações relacionadas com a vida familiar e o crescimento pessoal das irmãs Meg, Jo, Beth e Amy.

As quatro jovens vivem com a mãe e, enquanto lidam com a distância do pai que está na guerra, passam por várias situações que põe à prova - e provam, passo a redundância - a sua força e resiliência. Baseada na história da família da autora, esta é uma história que retrata a importância do amor e da união familiar.

Louisa May Alcott, muito através da sua Jo, leva-nos por ideais muito à frente para a sua época, como as obrigações sociais das mulheres versus a sua verdadeira natureza. Podemos encontrar traços e convicções feministas nas entrelinhas das falas e das ações de Jo, a personagem principal e a irmã considerada "maria-rapaz" que gostava de ser do sexo masculino para poder ter mais liberdade e divertir-se da forma que realmente gostava.

À parte de Jo, as restantes irmãs também tinham os seus conflitos interiores com o que era considerado correto para as jovens daquela época. No fundo, Mulherzinhas fala da luta interna que é a adolescência, a descoberta da própria personalidade e o encontrar um caminho e lugar num mundo cheio de pré-conceitos.

Mulherzinhas é, também, um livro que emana arte por todo o lado, seja através dos contos de Jo, das pinturas de Amy ou da música de Beth. A autora mostra a importância da arte e da liberdade artística para a forma com que se lida com os problemas pessoais e como esta contribui para o desenvolvimento de cada um.

A leitura deste livro não foi a mais fácil. A narrativa é envolvente e cheia de ocorrências que nos despertam a atenção e aguçam a curiosidade. Mas, é um clássico e, assumindo a mea culpa, por mais que goste deles - e gostei tanto deste! - ainda são livros que me custam um pouco a ler.

No geral, Mulherzinhas proporcionou-me bons momentos e uma boa leitura. Tão boa que fiquei cheia de vontade de ler os restantes livros da trilogia!

Já leste Mulherzinhas?

4 comentários

  1. Tive a oportunidade de o ler o ano passado, precisamente, para o Uma Dúzia de Livros e gostei bastante. Porque é daquelas histórias cheias de camadas maravilhosas *-*
    Quero muito ler o Boas Esposas

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  2. Ao contrário de ti, gosto muito de clássicos, pelo que o meu desafio tem sido ler mais livros contemporâneos. Este ainda não consegui ler, mas já vi a mais recente adaptação ao cinema e adorei! Ganhei um carinho especial pela personagem da Jo, que se mostrou ser uma mulher destemida e emancipada e com valores com os quais me identifico muito, tais como o feminismo. Gostava muito de ler o livro, no futuro.

    Six Miles Deep

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    1. A Jo é incrível. Também foi a personagem de quem mais gostei *-*

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