Pára tudo! Comprei um livro pela capa e foi das melhores leituras de 2020! Podes continuar a ler à confiança que não é clickbait. É apenas a minha forma de expressar amor por um livro ótimo que me surpreendeu muito.
Descobri A Piscina, de Libby Page, numa publicação no Instagram. Não me lembro de quem foi, só que adorei a capa. Fui pesquisar, a história pareceu interessante e adicionei à whislist. Ponto. História da minha vida e, provavelmente, de todos os leitores. Verdade?
Fui adiando a compra. Nunca era das primeiras opções porque primeiro tinha outros livros que queria muito ler, segundo era um romance e parecia ter pouca ação. No fundo, era um livro que só me tinha conquistado pela capa. Até que ficou em promoção e lá me decidi a trazê-lo para a família. Foi o melhor que fiz.
A Piscina fala da amizade entre Kate, uma jornalista de 26 anos, e Rosemary, uma viúva de 86 anos. Conhecem-se quando a jovem vai entrevistar Rosemary sobre o possível encerramento do Brockwell Lido que esta costuma frequentar.
As duas desenvolvem uma amizade improvável e bonita, com a qual se ajudam mutuamente a ultrapassar as dores uma da outra. Kate é uma jovem insegura e com problemas de autoestima e ansiedade. Enquanto Rosemary é uma mulher bem resolvida, mas que luta contra a tristeza de ver a sua piscina ser encerrada, pois foi ali que viveu o melhor da sua vida. Foi naquele lugar onde viveu os momentos mais felizes da infância e onde se apaixonou, namorou e nadou todos os dias com o marido.
É um livro leve e impactante. Tão depressa estava com os olhos a tremer e lágrimas a ameaçar cair em cascata, como umas linhas à frente estava a rir com gosto. Graças a esta dinâmica a leitura d'A Piscina foi rápida e ritmada, pois os momentos divertidos chegavam sempre na altura certa, impedindo-me de chorar e trazendo leveza à ação.
Libby Page romantiza tanto e tão bem o ir a uma piscina - não só o ato de nadar, como todas as rotinas à volta do lido - que, muitas vezes, enquanto estava a ler só me apetecia parar tudo e ir nadar. Até podia ser uma reação banal, se eu não estivéssemos a falar de mim. Eu que nem sei nadar e muito dificilmente me apanham dentro de água! (o duche é exceção, não estejas já a julgar :P)
Confesso que há excertos nos quais me sinto demasiado exposta e deliciosamente compreendida. Chega a assustar. Acontece sempre que a autora fala da ansiedade e dos ataques de pânico de Kate. Das suas inseguranças e dos seus medos. Achei interessante a forma como Page se refere aos ataques de pânico e à ansiedade da jovem como "o Pânico" e de como personifica a doença, como se esta fosse mesmo uma personagem da história. Torna o problema mais realista, porque a ansiedade é muito ter uma figura escura a trás de nós. Algo que nos vigia cada passo, à espera de um pequeno deslize para atacar.
Tenho mantido este livro debaixo de olho, porque a capa também me chamou à atenção. Mas, lá está, fica sempre em segundo plano. Se calhar, vou aproveitar o Natal para o fazer chegar cá a casa :D
ResponderEliminarAproveita! É um ótimo livro, acho que vais gostar *-*
EliminarÉ um livro tão bom e tão fofinho
ResponderEliminarÉ mesmo. Dos favoritos do ano :D
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